quinta-feira, maio 01, 2008

O lumpemproletariado e a revolução

"The “dangerous class”, [lumpenproletariat] the social scum, that passively rotting mass thrown off by the lowest layers of the old society, may, here and there, be swept into the movement by a proletarian revolution; its conditions of life, however, prepare it far more for the part of a bribed tool of reactionary intrigue."
(Communist manifesto, Marx and Engels, chapter 1).

O lumpemproletariado é a escória social, a bandidagem, que conforme diz o livro mais famoso do movimento revolucionário socialista pode ser usado como arma para a revolução. No Brasil, foi isso que aconteceu. Desde que foi relatada a convivência entre guerrilheiros comunistas presos e bandidos comuns no cárcere de Ilha Grande, e como os bandidos comuns aprenderam com aqueles métodos aperfeiçoados de praticar o crime, a relação entre o movimento revolucionário e a bandidagem é nítida. Não adianta Engels ter dito também que os ladrões comuns devem ser desprezados pelos revolucionários militantes, a lição foi aprendida e colocada em prática. O Comando Vermelho deve o adjetivo vermelho aos ensinamentos que seus primeiros líderes alcançaram com os guerrilheiros comunistas. Assim, também não é de espantar que o atual chefão do grupo, Fernandinho Beira-Mar, seja aliado fiel das Forças Armadas Revolucionárias Colombianas(FARC), o grupo que persegue a revolução comunista na Colômbia. Além do trabalho prático de ensinamento aos bandidos comuns, outra engrenagem foi utilizada. Os iluminados intelectuais apaziguam e culpam a própria vítima do crime pelo crime cometido. O raciocínio aplicado é o seguinte: Se a vítima não tivesse algo para ser roubado, ela não o seria, portanto a culpa é sua. O bandido não possui o bem que a vítima tem, portanto ele pode pegá-lo. Não importa o quão rico seja o bandido, haja vista que um "aviãozinho" do tráfico pode tirar mais dinheiro que um trabalhador comum. O cenário brasileiro é esse: por um lado, ajuda prática ao crime, que já se organizou, e agora pensa até em ação política duradoura, por outro ajuda intelectual, legitimando suas ações.

O maior estudioso da causa psicológica do comunismo é o psiquiatra forense Lyle Rossiter. Em entrevista(carregue o aúdio até próximo da metade, que é onde efetivamente começa a entrevista), ele explica por quê o liberalismo radical (trata-se do liberalismo americano, que é muito mais amplo que o econômico e contrário a ele) é uma doença mental. Ele faz uma divisão entre o liberalismo benigno e o "maligno". Há pessoas que se colocam dentro da lei e vivem de modo comum suas vidas, preocupam-se porém com a miséria no mundo e estão abertas para acreditar nas propostas radicais dos revolucionários, em quem Rossiter enxerga a doença mental. Ele afirma que no sociopata a doença mental mistura-se com o impulso maligno.

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