domingo, janeiro 16, 2011

Assalto na padaria da esquina,
a viatura sai em disparada!
Enquanto patrulha o local, a dupla
de tiras, no balcão, é agraciada:
servem-lhes café e pão com margarina.

quinta-feira, janeiro 06, 2011

Achava que tinha escrito algo de genial,
mas lhe falta a clareza de quem fala a um igual,
com intimidade e leveza.
Conversation Galante

by T. S. Eliot

I OBSERVE: “Our sentimental friend the moon!
Or possibly (fantastic, I confess)
It may be Prester John’s balloon
Or an old battered lantern hung aloft
To light poor travellers to their distress.”
She then: “How you digress!”

And I then: “Someone frames upon the keys
That exquisite nocturne, with which we explain
The night and moonshine; music which we seize
To body forth our own vacuity.”
She then: “Does this refer to me?”
“Oh no, it is I who am inane.”

“You, madam, are the eternal humorist,
The eternal enemy of the absolute,
Giving our vagrant moods the slightest twist!
With your air indifferent and imperious
At a stroke our mad poetics to confute—”
And—“Are we then so serious?”

......

The poet pictures a man who talks about moon, stars, those useless things which have nonetheless poetical appealings.

But the lady with whom he talks discredits his poetical images and divagations.

In the second stanza, he is already upset with her and drop a hint saying there is music which exists to fill "our own vacuity". She feigns attention to the hint, then he gets more and more impatience until in the third stanza he explicitly says she trivializes all, "You, madam, are the eternal humorist,/ The eternal enemy of the absolute," but she minimizes the talking: "Are we then so serious?"

quarta-feira, janeiro 05, 2011

Em geral tinha o corpo e o espírito moles, não indolentes, mas lassos, sempre com um sorriso a agradar e vaidoso de uma vida à parte em que seria um bon-vivant, a tocar seu violão e derreter corações, mas às vezes assumia um espírito de resistência, como se a outra pessoa -- em especial se um ente querido, porque mais próximo -- existisse para lhe interferir, e, quando pego de surpresa, um mero olhar seu era como uma patada, um olhar do qual se queria esconder, como do de Medusa, e responderia denodado e hostil -- porque desviada sua atenção -- a uma chamada inopinada.

domingo, janeiro 02, 2011

Fui ao turfe e escolhi belo alazão,
não contei que venceria o azarão,

na saída comprei um algodão-doce,
e ofereci-o a minha namorada,

estava ditoso, apesar do coice.