sexta-feira, julho 29, 2011

Conversa entre Cristovam Buarque e um estudante de Napoleão Mendes de Almeida

-- Latim não serve para nada.

-- Como não serve? Cada aula de latim é uma aula de lógica.

-- É uma língua morta, rapaz.

-- Eu acho que o senhor é que está morto.

2 comentários:

Jessé de Almeida Primo disse...

Bem lembrado, meu caro. Eu tenhos ambas as gramáticas de Napoleão, a Latina e a Metódica da Língua Portuguesa, além do Dicionário das Questões Vernáculas. Pelo menos, no que respeita à língua, só me sinto impelido a seguir adiante e a explorar melhor seus recursos quando me deparo com regras. A grande vantagem de Napoleão é que ele estabelece a hierarquia entre aquilo que pode e o que deve ser feito. Muitos outros gramáticos, para ser bonzinhos, dizem que tudo está certo e aí é que o aluno não sabe mais o que fazer.

Danielhenlou disse...

Também tenho ambas. Ele dá grande liberdade ao poeta no uso de pronomes oblíquos. Diz que o importante no uso de pronomes é a eufonia. Qualquer regra inteligente, como qualquer obstáculo, pode exigir de nós uma maior reflexão e espiritualização. As coisas importantes são difíceis. Sobre os embromáticos, a última foi o livro do Méqui. Sei que por não ter estudado latim na escola, minha educação tem uma lacuna. Agora tento me virar para estudá-lo, difícil na correria do dia-a-dia (com hífen, sem hífen, sei lá! Aliás, Napoleão dizia que mudanças gramaticais só servem para as editoras ganharem dinheiro lançando novas edições.).

Até, valeu pelo comentário.