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O filme Tartufo, de 1925, é uma obra-prima do expressionismo alemão, que produziu tantas obras-primas. Trata-se de uma adaptação para o cinema da peça de Molière -- a qual não li nem assisti, desculpe -- com uma história por trás. Carl Mayer escreveu um roteiro em que a trama de Moliére será apresentada para desmascarar uma outra farsa. É um filme dentro do filme. O neto de um senhor percebe que a senhora que cuida dele está tirando proveito de sua debilidade física e quer expô-la a uma cena poética a fim de desmascará-la, o que dá um caráter hamletiano à obra. O neto do senhor é um Hamlet que usa Molière para revelar a farsa. Emil Jannings interpreta Tartufo de modo brilhante e a direção cabe à figura máxima do cinema F. W. Murnau.
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