terça-feira, julho 01, 2008

César Borges festeja o 2 de julho, dia da "independência popular do Brasil"
















O senador César Borges (PR-BA) festejou, em discurso, o 2 de julho, "a data da independência popular do Brasil", quando as forças brasileiras finalmente conseguiram, com o apoio da esquadra do almirante inglês Thomas Cochrane, depor o governador da Bahia, Madeira de Melo, fiel aos portugueses.

Lembrou que, ao contrário da idéia "um tanto idílica" de que a independência do Brasil ocorreu no 7 de setembro de 1822 "com apenas um grito", a independência teve muito sangue na Bahia. A data, disse o senador, é comemorada todo ano na Bahia, quando autoridades se juntam ao povo para um desfile pelas ruas de Salvador.

César Borges lembrou que a independência na Bahia teve expressiva participação popular, especialmente dos negros, sendo lançada a semente da idéia do fim da escravidão. A história, acrescentou o senador, registra os nomes de duas mulheres, heroínas da independência - a da abadessa do Convento da Lapa Joana Angélica (assassinada pelos portugueses) e de Maria Quitéria de Jesus. Esta cortou os cabelos e vestiu-se de homem para lutar pela independência e, mais tarde, foi condecorada pelo próprio dom Pedro I.

Conforme o senador, questões levantadas há 185 anos na Bahia, como a participação das classes populares, dos negros e das mulheres na política, continuam atuais.

- É esse o espírito igualitário que precisamos invocar ao celebrar o 2 de julho - frisou. Ele informou que estará em Salvador, nesta quarta-feira (2), para os festejos.

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Notícia publicada na Agência do Senado de notícias.

Comento: Para quem não sabe, houve uma guerra de independência, que se travou sobretudo nos estados da Bahia, Pernambuco e Maranhão. Apenas em 1825 a independência brasileira foi reconhecida por Portugal, em tratado com a Inglaterra. O almirante escocês Thomas Cochrane, que recebera o apelido de "Lobo do Mar" do próprio Napoleão Bonaparte, na época estava afastado do serviço na marinha real britânica e foi contratado como mercenário pelo governo de Dom Pedro I após haver servido a causa semelhante de independência no Chile, tendo sido condecorado Marquês do Maranhão pelo primeiro imperador do Brasil.

Sobre a demagogia do senador, bom...

PS: Em tempo, aqui na Tijuca, bairro do Rio de Janeiro onde moro, há uma rua cujo nome é Almirante Cochrane.

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