segunda-feira, abril 05, 2010

Demonstra-se o infinito assim

"(...) mas é todo pleno do que é.
Por isso, é todo contínuo: pois ente a ente cerca."
(Parmênides)

Além e subsistente ao conjunto de finitos, há o infinito, porque se não houvesse, haveria buracos entre ou para além dos finitos.

Esses buracos ou não são de modo relativo ou não são de modo absoluto.

Se de modo relativo, então eles são de algum modo, portanto são algo finito, não são o nada absoluto.

Se não são de modo absoluto, absolutamente nada são, porém o que nada é exclui absolutamente qualquer ser.

Então ou nada há ou algo há.

Que há algo é um dado inegável.

De sorte que se há algo, o infinito precisa completar o finito. Porque ou entre os finitos, para que não haja buracos, há o infinito; ou porque, se os finitos estão colados uns no outro, para que não haja um buraco após o último dos finitos -- o finito da margem ou ponta -- eles deveriam ser em número infinito, de sorte que o infinito é a continuação da sucessão dos finitos.

O infinito compreende, ultrapassa e subjaz a tudo que é finito.

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