quinta-feira, janeiro 24, 2008

Zeus foi deposto, agora quem manda é o Turbilhão

Jacó briga com homem

















Alguém leu o artigo do Olavo de Carvalho de hoje no JB? É impressionante como algumas pessoas quando não gostam de alguma coisa fazem o máximo para vê-la completamente longe de si, e tentam cortar qualquer alusão à coisa em questão como se falar nela fosse tomar partido por ela ou defendê-la. No artigo anterior, Como ler a Bíblia, Olavo apenas ensinava a maneira com que se deve abordar o objeto de uma leitura, que é torná-lo parte de nossa imaginação, viver imaginativamente a história contada. No final do artigo, depois de falar das histórias ficcionais e das histórias de fatos reais, Olavo falou sobre a Bíblia, cujo personagem principal traz um complicador a mais, porque o próprio Deus está muito além de nossa imaginação. Durante a semana muitos ateus devem ter entendido o artigo como uma defesa de Deus. Ora, meu Deus do céu, absolutamente não foi isso que aconteceu. Ensinar alguém a tornar-se íntimo de um personagem não significa brigar pela existência dele. Essa gente parece que entende tudo como pró ou contra, como se estivessem num tribunal. Falar por exemplo no unicórnio, ou no Pinóquio, não significa dizer que eles existem de fato. Existem como personagens de ficção, e assim devem ser conhecidos. Se existem na realidade ou não, já é outra história. Da mesma forma, ao ler o Gênesis, é preciso imaginar Jacó brigando com um homem que depois veio dizer a ele tratar-se do próprio Deus que o estava provando. Imaginada essa situação, não significa pari passu que Deus existe, significa apenas que você conseguiu imaginar essa situação. Alguns ateus têm tanto pavor de Deus, que sequer se permitem pensar nele. Eles se tornam ateus militantes. Não querem nem ouvir falar de Deus que têm calafrios. Daqui a pouco a própria palavra Deus vão querer transfigurar para designar outro objeto qualquer, e não o Todo-Poderoso, ops, ops, nem fale nele, nem fale nele...

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