domingo, fevereiro 22, 2009

Senhora

Em São Francisco chega a sexta hora
da tarde, o mar se abre na enseada.
Ao fundo, entre névoas cinzas, ralas
estão o Corcovado e o Redentor.

O vento mexe as águas e o mar doutor.
Lembra-me de Parati, a beijada
por Drummond de Andrade, pousando jangadas
sobre as águas fulvas do cais, senhora!

Os barcos estão emparelhados.
Da marina, velas ventam para lá;
eu, no monte da igrejinha, observo,
querendo ser pintor, mas sou só poeta.

Um comentário:

Anônimo disse...

só poeta, fofinho!