por José Carlos Zamboni, como parte do ensaio Amigos e inimigos do Carpeaux ( ver em http://br.geocities.com/jc.zamboni/ )
Se o estilo é o homem, e por ele se conhece o autor, a escrita enxuta de Carpeaux, admiravelmente limpa de retórica, não poderia ser opção de um homem moralmente desqualificado: há outras alternativas estilísticas para esse tipo de gente.
João Ribeiro, grande escritor e não menor caráter, afirmava que “o verdadeiro estilo, o estilo do homem de gênio, em certa maneira é falho e pobre de beleza e de outros agrados; porque no estilo é cousa muito principal o caráter e é raro que um homem de caráter seja de trato amável. Assim o estilo. Cícero escrevia excelentemente, mas não há estilo seu, porque é fora de dúvida que foi um mau caráter e um bandoleiro político. Tácito, ao contrário, não tem a pompa de Cícero, os seus períodos são breves e atalhados como que de cólera: mas deixou um estilo e era ao mesmo tempo grande homem de caráter.” (Páginas de estética)
terça-feira, julho 24, 2007
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