"O estado é uma organização sócio-territorial reguladora", essa uma noção de estado que o Livro de Urântia nos dá. Ela, porém, não define o que seja o estado. Devemos tomá-la como ponto de partida para o seu estudo.
O LU também nos diz que o estado nasce da guerra, ele é, portanto, a instância última da força.
Falamos sobre o que é sociedade, sobre o que é direito, e chegamos à conclusão de que o direito tem sua razão na soberania. O que é soberania? Da onde vem? Vem da afirmação marcial, a soberania é o poder demonstrado de governar. A soberania não é uma possibilidade remota, é uma possibilidade iminente e real.* Para governar, é preciso ser obedecido, condição necessária mas não suficiente. Os EUA são obedecidos quando mandam a Síria entregar suas armas químicas, mas não governam o país.
A soberania é o vértice da pirâmide a que se referem os direitos, ela os garante, é o atributo essencial do estado, mas o que é o estado? É a organização que defende, exerce e elabora em regras sua soberania sobre uma sociedade vivendo em um território.
Contraposto ao estado, governo é o grupo político que manda provisoriamente e geralmente apenas em alguns aspectos -- em outros não -- do estado. Motivo pelo qual o presidente Itamar Franco, depois de assumir, disse essa frase: "Eu pensava que o presidente mandasse mais." É que a instituição já existe e o presidente será mais um de seus membros, muito importante embora. Há exceções: nos países comunistas, os governos comunistas mandam em todos os aspectos do estado. Mas mesmo eles são provisórios; quando o comunismo acabou na Rússia, com uma ou outra mudança, o estado permaneceu.
A soberania é o vértice da pirâmide a que se referem os direitos, ela os garante, é o atributo essencial do estado, mas o que é o estado? É a organização que defende, exerce e elabora em regras sua soberania sobre uma sociedade vivendo em um território.
Contraposto ao estado, governo é o grupo político que manda provisoriamente e geralmente apenas em alguns aspectos -- em outros não -- do estado. Motivo pelo qual o presidente Itamar Franco, depois de assumir, disse essa frase: "Eu pensava que o presidente mandasse mais." É que a instituição já existe e o presidente será mais um de seus membros, muito importante embora. Há exceções: nos países comunistas, os governos comunistas mandam em todos os aspectos do estado. Mas mesmo eles são provisórios; quando o comunismo acabou na Rússia, com uma ou outra mudança, o estado permaneceu.
Se fosse absoluta, como quer Jean Bodin, a soberania não precisaria ser defendida. A soberania só é absoluta em teoria, na prática histórica ela busca ser absoluta; precisa ser continuamente conquistada numa sucessão de revezes, às vezes fatais, e êxitos provisórios. Não é que uma vez instalado, o estado o seja de uma vez para sempre. Por isso estados deixam de existir e passam a existir.
O que define a casta intelectual é o poder de ser seguida por sua força mental, ou mental-spiritual. Nesse sentido o Ajustador do Pensamento é um intelectual. A casta militar-política se define pela capacidade de ser obedecida por sua força física. Os politicos articulam em símbolos de fácil assimilação a força mental elaborada pela intelectualidade**, fazendo o linque entre as duas castas. Abrem o leque restrito de seguidores para praticar em larga escala o que mentalizaram. No Brasil, a maior parte da intelectualidade é seguida não por sua atratividade mental, mas pela promessa de distribuição de selos de qualificação mental que habilitam ao exercício de determinados ofícios e cargos; vivemos um simulacro intelectual em que os seguidores fingem machadianamente acreditar no que pensam os intelectuais de cadeira para obter diplomas profissionais necessários.
Aqui, o fingimento machadiano é compensado por uma aposta de corpo e alma em partidarismos, que, quanto mais insustentáveis moral e intelectualmente, mais servirão para que seu defensor prove socialmente e para si sua lealdade, sua intensidade de espírito, que na frente do espelho, antes de tomar banho, ele sabe ser uma forma rebuscada de fingimento, a qual demanda sua crença na própria mentira. Não se surpreenda se vez ou outra ele chorar em frente ao espelho.
Qual a solução para isso? Trocar a aposta, apostar de corpo e alma na verdade, onde quer que ela venha a se mostrar; essa é uma aposta imparcial, que no entanto lhe vai demandar parcialidade em certas situações da vida, porque muitas vezes a verdade vai estar numa parte, ao invés de em outra; outras vezes, muitas vezes, você simplesmente não saberá o que fazer; aguarde que ela se lhe manifestará se você tão apenas a quiser.
*Mário Ferreira dos Santos diria que não é epimeteica, mas prometeica; não é futuro do pretérito, é futuro do presente.
**Que perde em fineza o que ganha de impulso e capacidade de mobilização.
Aqui, o fingimento machadiano é compensado por uma aposta de corpo e alma em partidarismos, que, quanto mais insustentáveis moral e intelectualmente, mais servirão para que seu defensor prove socialmente e para si sua lealdade, sua intensidade de espírito, que na frente do espelho, antes de tomar banho, ele sabe ser uma forma rebuscada de fingimento, a qual demanda sua crença na própria mentira. Não se surpreenda se vez ou outra ele chorar em frente ao espelho.
Qual a solução para isso? Trocar a aposta, apostar de corpo e alma na verdade, onde quer que ela venha a se mostrar; essa é uma aposta imparcial, que no entanto lhe vai demandar parcialidade em certas situações da vida, porque muitas vezes a verdade vai estar numa parte, ao invés de em outra; outras vezes, muitas vezes, você simplesmente não saberá o que fazer; aguarde que ela se lhe manifestará se você tão apenas a quiser.
*Mário Ferreira dos Santos diria que não é epimeteica, mas prometeica; não é futuro do pretérito, é futuro do presente.
**Que perde em fineza o que ganha de impulso e capacidade de mobilização.
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