Matthieu Ricard fala nesse vídeo (com legenda em português, se você acioná-la) sobre felicidade. Só de ouví-lo falar por um tempo já fico com a mente cansada: uma vontade de dormir...
Quiçá o sono dos apóstolos ao pé do Getsêmani fosse semelhante. "Orai e vigiai", lembram?
Traduzo a seguir trecho do livro Happiness.
O poder da compaixão
Outro método que nos permite lidar com o sofrimento, tanto emocial quanto físico, está relacionado à prática da compaixão. Através da compaixão nós assumimos o controle de nossos próprios sofrimentos, ligados ao de todos os outros, pelo pensamento de que "outros além de mim passam por aflições semelhantes à minha, e algumas vezes bem piores. Como eu desejaria que eles também pudessem ficar livres de sua dor". Depois disso, não sentimos nossa dor tão opressiva e paramos de fazer a pegunta amarga: "Por que eu?"
Mas por que deveríamos viver deliberadamente o sofrimento de outras pessoas quando chegamos ao extremo de evitar o nosso próprio? Agindo assim, não estaríamos aumentando desnecessariamente nosso fardo? Não, não estaríamos. Quando estamos completamente ensimesmados, estamos vulneráveis e tornamo-nos presa fácil da confusão, impotência e ansiedade. Mas quando vivenciamos um sentimento poderoso de empatia com o sofrimento dos outros, nossa resignação impotente dá lugar a coragem, depressão a amor, mentalidade estreita a abertura para com todos ao nosso redor. Aumentar a compaixão e a generosidade amorosa, o supra-sumo da emoção positiva, desenvolve nossa presteza para oferecer alívio ao sofrimento de outros enquanto se reduz a importância de nossos problemas.
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