Não há bondade no filme Old Boy. Oh Dae-su deixa seu cárcere privado depois de quinze anos e nada faz para ajudar um homem com intenções de se suicidar. Ele terá a chance de matar seu algoz Woo-jin, mas, porque perderia a chance de saber por que foi encarcerado, não o faz. A morte de seu amigo No Joo-hwan teria sido evitada se o fizesse.
Woo-jin é o psicopata que aprisiona Oh Dae-su. Ele matou sua esposa e supervisionou a criação de sua filha Mi-do. A ambos hipnotiza para que venham a se tornar, pai e filha, amantes. Seu plano asqueroso se realiza; é uma vingança por Dae-su haver fofocado que Woo-jin e sua irmã Lee Soo-ah, jovens da mesma escola em que estudara, haviam transado. Soo-ah se suicida, ocasião para que Woo-jin permita-se tornar-se um psicopata.
Tudo transcorrido, Dae-su apenas quer esquecer o que aconteceu e recorre à mesma hipnose que o castigou.
Tudo transcorrido, Dae-su apenas quer esquecer o que aconteceu e recorre à mesma hipnose que o castigou.
Essas histórias de manipulação em grau extremo me fazem lembrar de Viktor Frankl, o psiquiatra que viveu num campo de concentração nazista, perdeu esposa, pais, irmão e amigos, mas saiu dali para amar os homens. Existe espírito para além dos "desejos repugnantes à moral que nos foram impostos pela natureza" (Freud).
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