Podemos, em primeiro lugar, pensar no Maior.
Ou pensamos que o Maior existe ou que o Maior não existe. Em qualquer dos casos sempre pensamos no Maior. Se pensamos que o maior não existe, o seu pensamento não se refere ao Maior, pois o pensamento do Maior implica sua existência.
Resta agora provar que ele exista.
Vejamos os pensamentos implícitos nesse juízo. Como podemos imaginar o Maior? Temos experiência sensível dele? Absolutamente não.
E se não temos experiência sensível dele, como podemos concebê-lo?
Mas essas coisas finitas podem ser concebidas como não existentes, e o que não podemos conceber como não existente é o ser. Essas coisas finitas podem ser concebidas como tendo princípio e tendo um fim, mas o ser não podemos concbê-lo como tendo princípio nem fim. Essas coisas têm o começo, e o ser, não tendo começo, é eterno. E ser eterno não é uma mera negação do finito e do tempo; é uma superação do finito e do tempo.
E nós podemos concebê-lo, esse Maior, e ele existe necessariamente, não por que podemos concebê-lo, mas podemos concebê-lo porque ele existe. É por que nele estamos e como é nele que surgimos e nele subsistimos, dele temos uma "experiência", cujo símbolo nos aparece nesse poder conceber um ser que nada de maior se pode conceber.
Mário Ferreira dos Santos
quarta-feira, abril 16, 2008
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