No mundo moderno, a democracia nasce da transposição da vida dentro da comunidade eclesiástica cristã para a vida civil. É o reconhecimento de que difrenças eclesiástico-organizacionais não devem afetar a boa convivência entre cristãos das variadas denominações. O modo de vida eclesiástico cristão amplia-se ao recusar a disputa estéril acerca de diferenças dogmáticas e os cristãos tratam na vida secular com o empenho e dedicação que têm em sua Igreja. A famosa frase de Abraham Lincoln proferida no discurso de Gettysburg: “Governo do povo, pelo povo, para o povo,” na realidade não é dele, mas de John Wycliffe, no prólogo de sua tradução da Bíblia de 1384. O governo não trabalha pelo povo, o povo trabalha pelo governo. Forte também era a noção de uma nova Canaã, a terra prometida, que inspirava os peregrinos colonizadores da América.
A inversão demoníaca da idéia democrática cristã, que nasce num ambiente cultural maduríssimo, é o Comunismo. Alguns homens, eruditos quanto sejam-Lênin e Stálin eram, decidem que sabem o que é bom para o povo. A partir daí, permitem-se toda espécie de artifícios pelo bem maior do Comunismo. Na frase reveladora de Bertold Brecht: “Mentir em prol da verdade.” Chamam de democracia popular a pior tirania que houve na história humana.
A idéia democrática está presente no coração do homem Ocidental. Tantos os cristãos mais dedicados quanto os mais ferrenhos anti-cristãos aprovam a forma de governo. Empenhados em realizar a palavra do Evangelho que os manda ir pelos quatro cantos do mundo anunciar a Boa Nova, os cristãos constróem redes de solidariedade que gradualmente resvalam para a política democrática. George Soros e cia., pelo lado dos anti-cristãos, fomentam organizações pró-democráticas em tiranias mundo afora.
O presidente americano George W. Bush perde-se em meio aos dois grupos. Não é capaz de adotar uma política francamente cristã, como a praticada pelo amado Ronald Reagan, nem de trair por completo a base eleitoral que o elegeu. Fugindo da briga interna, ele assume então a política de espalhar através da força a liberdade no mundo. A liberdade conseguida pela força, que trouxe bons resultados na Alemanha Ocidental e Japão no pós-guerra, agora é testada no Iraque, conforme o programa dos neoconservadores.
O perigo é de o mundo inteiro viver numa democracia chocha. Aquela verdadeira democracia pode desaparecer, enfraquecida pela perseguição à cultura cristã e pela efeminação do homem que vai à Igreja.
Ps. No Brasil, o ranço entre Católicos e Protestantes, que existe de parte a parte, prejudica a formação de uma elite conservadora cristã.
terça-feira, fevereiro 26, 2008
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