quinta-feira, junho 28, 2007

Lula e Judas Iscariotes

Lula é pior do que Judas Iscariotes por três razões.

Primeiro: Judas Iscariotes andava com o Cristo e estava pronto para traí-lo, porém pelo menos seguia as aparências da seita pré-religiosa, tendo participado da Santa Ceia, onde aliás Jesus indicou que o trairia. Lula anda com pretensos seguidores do Cristo, porém não vai à Igreja e, certa feita, antes de comungar, disse que não necessitava confessar seus pecados porque não os tinha, cometendo no ato mesmo o pecado da mentira.

Segundo: Judas arrependeu-se profundamente do que havia feito e correu atrás dos sacerdotes judaicos a fim de devolver o dinheiro que lhe haviam dado para entregar o Cristo. Lula sequer pensa no que faz. Quando começa a pensar, fica irritado e reclama com algum de seus subalternos petistas, que então amaciam seu ego, ou, melhor ainda, toma de sua mesa uma garrafa de uísque ou cachaça embriagando seus pensamentos agros. Se pensasse, veria o quão miserável é a sua pessoa, capaz de se aliar com traficantes de drogas; não se aguentaria quieto e começaria a falar, mas então..

Terceiro: então possivelmente seria morto pelas Farc, da mesma forma que líderes socialistas colombianos foram quando retiraram seu apoio à organização. Judas Iscariotes, num ato de despero final, e talvez com um pingo de decência, enforcou-se. Lula jamais entregaria sua vida. Antes disso, continuará utilizando metáforas futebolísticas na hora de mandar brasileiros para o paredão de fuzilamento. Talvez até dará um aperto de mão no prisioneiro fazendo um gracejo.

Jesus Cristo disse: "É necessário que o Filho do homem seja entregue, mas ai daquele que o entregar, melhor seria que não houvesse nascido." O que Jesus diria de Lula?

......

Atualização de 07/08/2009. Estou mais propenso a crer, como meu amigo comentou na seção de comentários -- vejam lá --, que Judas não se "arrependeu profundamente." De mais a mais, tampouco a comparação com Lula é apropriada. Não dá para saber o que Lula faria se fosse apóstolo de Jesus, se é mesmo que aceitaria ser seu apóstolo.

3 comentários:

Anônimo disse...

Daniel:

Não sei o que Cristo diria de Lula. Em todo o caso, levanto 1 pergunta, 1 objeção e 1 comentário ao seu post.

Pergunta: o que significa "seita pré-religiosa", no primeiro parágrafo?

Objeção: acho que não é possível afirmar que "Judas arrependeu-se profundamente do que havia feito". Da narração bíblica penso que se extrái, com certeza, que ele foi tomado de remorso. Agora, o remorso não necessariamente dá lugar ao arrependimento; inclusive, pode terminar no contrário da contrição, ou seja, no orgulho, que, por sua vez, quando exagerado, desemboca na desesperança existencial;

Comentário: oxalá tenha havido esse "pingo de decência" no auto-enforcamento de Judas! Se assim foi - em meio à toda aquela turbulência psicossomático-espiritual em que ele se meteu -, o "pingo de decência" pode ter desencadeado um processo interior de arrependimento.

Abraço

Fred

Danielhenlou disse...

Bom, Fred, não sei qual o conceito de religião. Jesus no entanto não estava querendo criar uma religião, ele veio cumprir uma missão. Quem criou a religião foi, sobretudo, Paulo. Paulo criou a religião cristã. Jesus foi o Cristo. Outras religíões, ou pelo menos o Islam, também se referem ao Cristo, sem no entanto dar a dimensão espiritual que ele verdadeiramente tinha. Pela expressão seita pré-religiosa quero significar o fato de, naquele momento, não se estar perante uma religião, estava-se perante o Cristo, a sua presença. Religião, os ritos, vêm depois. Aliás, os próprios apóstolos certamente não sabiam exatamente do que se tratava aquilo que estavam vivenciando. Depois que Jesus morreu e ressucitou, aí começa a haver as abstrações a partir da experiência real por que passaram. O evangelho de João, talvez o que melhor tenha entendido a missão do Cristo, foi escrito muito tempo depois de sua morte. Dentro do ponto de vista judaico, e tanto Jesus quanto os apóstolos eram judeus, aquele grupo de pessoas era um seita.
A pergunta espero ter respondido, embora você possa levantar novas objeções.
A objeção e o comentário só posso agradecê-los.
Abraço

Anônimo disse...

Valeu pelo resposta, Daniel. Por religião entendo "voltar a unir-se com Deus" (se não me engano, a palavra vem de "re + ligare": voltar a ligar). Se é possível voltar a unir-se com Deus é porque se está separado d'Ele. Se assim for, o contato dos apóstolos, dos 72 discípulos e de tantas outras pessoas com Jesus Cristo já era religião - claro, na medida em que cada uma desses aderisse à sua mensagem e colaborasse com a sua missão -, já que Ele mesmo disse "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por Mim". Jesus (Deus-Filho feito homem) é o fio ou a ponte que nos liga a Deus-Pai.

Com relação à doutrina ser posterior ao fato, completamente de acordo.

Abraço