por Targélia Barreto de Meneses
Em vão tentais nos ocultar a chama
Que o vosso peito alastra e que o devora,
Nós, as mulheres, fracas, muito embora,
Sabemos ler no olhar do homem que ama
No lábio que, agitando-se, descora,
Traduzimos a frase que se inflama!
E muita vez no gelo se derrama
Fogo que o peito de afeição vigora
O homem é assim inconsciente,
Sempre ostentando aquilo que não sente:
Quando jura um afeto está fingindo;
Quando se diz liberto está cativo!
Ironia cruel! Por que motivo
Há de um homem viver sempre mentindo?
quinta-feira, outubro 27, 2011
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