"(Esta situação) envolve a organização de fortunas livres de tributos de financistas internacionais em fundações que serão usadas com objetivos educacionais, científicos, "e outros de interesse público." Há sessenta anos ou mais, a vida pública no Ocidente foi dominada pela influência de "Wall Street". Este termo nada tem que ver com o uso que os comunistas lhe impingem, de um industrialismo monopolista, mas, ao contrário, refere-se ao capitalismo financeiro internacional envolvido até o pescoço no padrão ouro, flutuações cambiais, flutuações de apólices com juros fixos e, em menor extensão, flutuação de ações da indústria nos mercados de ações. Este grupo, que nos Estados Unidos foi de todo dominado por J. P. Morgan e sua corporação dos anos 1880 até os 1930 era cosmopolita, anglófilo, internacionalista, pró-Ivy League*, tinha base de ação na costa leste, anglo-católico, e formado na cultura européia. Sua conexão com as universidades da Ivy League baseava-se no fato de que grandes doações a essas instituições deviam ser precedidas de uma consulta constante aos financistas de Wall Street (ou suas ramificações em State Street, Boston, e outros lugares) e se refletiu no fato de que essas doações, ainda em 1930, eram em bônus ao invés de bens imobiliários ou ações ordinárias. Como conseqüência dessas influências, até os anos 1930, J. P. Morgan e seus associados eram as figuras mais significativas nas diretrizes políticas de Harvard, Columbia, e, em menor extensão, Yale, enquanto os Whitneys eram significativos em Yale, e a Prudential Insurance Company (através de Edward D. Duffield) dominava Princeton." (QUIGLEY, Carroll. Tragedy and Hope, chapter 65. Tradução minha)
*Ivy League é o nome que se dá ao grupo de oito universidades de maior prestígio na costa leste dos Estados Unidos.
......
Alguns anos mais tarde, a influência das fundações se faria sentir também no resto do mundo.
Não deve surpreender, portanto, que no contexto da Aliança para o Progresso, nos anos 60, o Centro de Estudos e Pesquisas no Ensino de Direito (CEPED), ligado a faculdade de direito da UERJ, tenha recebido apoio da Agência de Desenvolvimento Internacional do governo dos EUA (USAID) e da Fundação Ford -- confira aqui, na seção História.
Assim se ajuda a explicar a ascendência do pensamento politicamente correto, ao modo do liberalismo norte-americano praticado nas universidades da Ivy League e apoiado pelas fundações bilionárias, sobretudo pela Ford, naquela instituição e, de resto, mundo afora.
*Ivy League é o nome que se dá ao grupo de oito universidades de maior prestígio na costa leste dos Estados Unidos.
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Alguns anos mais tarde, a influência das fundações se faria sentir também no resto do mundo.
Não deve surpreender, portanto, que no contexto da Aliança para o Progresso, nos anos 60, o Centro de Estudos e Pesquisas no Ensino de Direito (CEPED), ligado a faculdade de direito da UERJ, tenha recebido apoio da Agência de Desenvolvimento Internacional do governo dos EUA (USAID) e da Fundação Ford -- confira aqui, na seção História.
Assim se ajuda a explicar a ascendência do pensamento politicamente correto, ao modo do liberalismo norte-americano praticado nas universidades da Ivy League e apoiado pelas fundações bilionárias, sobretudo pela Ford, naquela instituição e, de resto, mundo afora.
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