Embora chames burguesa,
ó poeta moderno, a rosa,
não lhes tira a beleza.
A tua sanha imprevista
contra a vítima formosa,
é um mero ponto de vista.
Pode a sanha ser moderna,
pode ser louvada, a glosa:
mas sendo a Beleza eterna,
que vos julgue o tempo sábio:
entre os espinhos, a rosa,
entre as palavras, teu lábio.
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