sábado, junho 30, 2007

Frase de Dostoiévski e o primeiro mandamento

"O mais importante não é o amor. O mais importante é a gentileza."

"Amarás a Deus sobre todas as coisas."

A mente liberal: as causas psicológicas da loucura política

Lyle H. Rossiter, Jr.

Segunda-feira, quatro de dezembro, 2006

http://www.townhall.com/

Dr. Lyle Rossiter, Jr., um psiquiatra forense, explica a loucura do liberalismo (1*) no seu novo livro The liberal mind: the psychological causes of political madness. Você pode ler um trecho logo abaixo, e mais em seu site libertymind.com.


Como todos os outros seres humanos, o liberal moderno revela seu verdadeiro caráter, incluindo sua loucura, naquilo que ele valoriza e desvaloriza, no que ele articula com paixão. De especial interesse, entretanto, são os vários valores que a mente liberal moderna despreza por completo: sua agenda não aponta o indivíduo como a derradeira unidade econômica, social e política; não idealiza a liberdade individual e a estrutura legal e ordem essenciais para mantê-la; não defende os direitos básicos da propriedade e do contrato; não aspira a ideias de autêntica autonomia e reciprocidade; não prega uma ética de auto-confiança e auto-determinação; não louva a coragem, indulgência ou paciência; não celebra as éticas do consenso ou as bençãos da cooperação voluntária. Não advoga pela retitude moral ou compreende o papel crítico da moralidade nas relações humanas. A agenda liberal não enxerga a origem da competência, aprecia sua importância ou analiza as condições de desenvolvimento e as instituições sociais que promovem sua realização. A agenda liberal não entende ou reconhece a auto-determinação ou impõe-lhe limites estreitos através da coerção estatal. Não celebra o genuíno altruísmo ou a caridade pessoal. Não aprende as lições da história que os males do coletivismo têm a ensinar.

Aquilo que apaixona a mente liberal é um mundo cheio de pena, aflição, necessidades, desditas, pobreza, dúvida, desconfiança, raiva, exploração, discriminação, vitimização, alienação e injustiça. Aqueles que ocupam este mundo são operários, minorias, adolescentes, mulheres e os desempregados. Eles são pobres, fracos, doentes, injustiçados, enganados, oprimidos, marginalizados, explorados e vitimizados. Eles não têm qualquer responsabilidade por seus problemas. Nenhuma de suas agonias é atribuível a faltas ou falhas suas mesmas: não é atribuída a más escolhas, maus hábitos, julgamento errôneo, "wishful thinking", falta de ambição, indulgência derrotista, doenças mentais ou defeitos de caráter. Nenhuma condição das vítimas é causada por falha em planejar o futuro ou aprender com a experiência. Ao revés, a raiz da causas de todos estas desgraças recai em condições sociais censuráveis: pobreza, doença, guerra, ignorância, desemprego, preconceito racial, discriminação étnica e de gênero, tecnologia moderna, capitalismo, globalização e imperialismo. Na mente liberal radical, esse sofrimento é inflingido ao inocente por vários predadores e perseguidores: o grande negócio, as grandes corporações, capitalistas selvagens, imperialistas americanos, os opressores, os ricos, a riqueza, os poderosos e os egoístas.

A cura liberal para esta miséria sem fim é um governo bastante autoritário que regula e administra a sociedade como se um berço fosse por meio de uma pesada agenda de redistribuição. É um governo a todo o lado fazendo tudo para todos. O mote liberal é "Um governo em que confiamos". Para livrar as pessoas de suas vidas atribuladas, a agenda recomenda a negação de responsabilidade pessoal, encoraja a auto-compaixão e a pena pelo outro, fomenta dependência do governo, promove a liberação sexual, racionaliza a violência, desculpa as obrigações financeiras, justifica o roubo, ignora a rudeza, prescreve a censura e acusação, desabona o casamento e a família, legaliza todo tipo de aborto, desafia as tradições sociais e religiosas, declara a desigualdade como sendo injusta, e rebela-se ante os deveres de cidadania. Através de múltiplos direitos a bens, serviços e status social não batalhados, o político liberal promete assegurar a todos bem-estar material, prover a todos cuidado médico, protejer a auto-estima de todos, corrigir a desvantagem social e política de todos, educar todo cidadão e eliminar todas as distinções de classe. Com os intelectuais liberais compartilhando a glória, o político liberal é o herói nesse melodrama. Ele ganha crédito por prover seus eleitores com qualquer coisa que queiram ou precisem mesmo que não tenham produzido por esforço próprio quaisquer desses bens, serviços ou status que lhe são transferidos mas, ao contrário, tenham tirado de outros por meio da força.

Já deve parecer até o presente momento que essas políticas sociais e paixões que as motivam contradizem tudo que é racional nas relações humanas, e que são portanto irracionais elas mesmas. Mas as concepções errôneas em que se baseiam essas paixões não podem ser vistas como mero escorregão cognitivo. O nível de irracionalidade do liberalismo moderno ultrapassa sobre maneira qualquer mau entendimento que possa ser atribuído a reunião de fatos mal feita ou ao erro lógico. De fato, segundo uma análise rigorosa, as distorções da habilidade normal da razão no liberalismo só podem ser entendidas como produto de psicopatologia. Tão extravagantes são os parâmetros de pensamento, emoção, comportamento e relacionamento característicos da mente liberal que seus protestos inflexíveis e demandas tornam-se compreensíveis apenas como desordens da psique. A mente liberal moderna, suas percepões distorcidas e sua agenda destrutiva são o produto de personalidades perturbadas.(2)

Como no caso de qualquer distúrbio de personalidade, defeitos deste tipo representam sérias deficiências no processo de crescimento. A natureza dessas deficiências é detalhada abaixo. Entre suas conseqüencias estão os esforços incisivos para deturpar a compreensão da natureza humana e negar certos requisitos indispensáveis das relações humanas. Em seus esforços para construir uma grande utopia coletivista em ordem a viver aquilo que Jacques Barzun chamou de "a vida incondicionada em que todo mundo estaria a salvo e tranqüilo através de um milhão de maneiras" o liberal radical procura atualizar no mundo real uma ficção idealizada que mitigará todas as dificuldades e curará todas as mágoas. ( Barzun 2000 ). Ele representa esta ficção, em essência uma peça de moralismo marxista, em vários teatros da ação humana, sobretudo nos mundos econômico, social e político. Mas a peça repetidamente malogra. Durante o século XX, as tentativas liberais radicais de criar um bravo mundo novo socialista falharam invariavelmente. No começo do século XXI suas tentativas continuam a resultar em economias estagnadas, declínio moral e destúrbio social agora espalhados pela Europa. Um crescente sistema de bem-estar social falido está colocando os Eua na trilha do mesmo destino se o liberalismo não for curado. Posto que os princípios da agenda liberal violam as regras da liberdade ordenada, seus esforços determinados a realizar fantasias visionárias acabarão inevitavelmente por se frustrar. Ainda assim, apesar de todas as evidências em contrário, a mente liberal moderna crê que sua agenda é uma ciência social saúdável. É, na verdade, péssima ficção científica. Ele persiste nesta agenda apesar de sua loucura.

Lyle H. Rossiter, Jr., MD é o autor de The liberal mind: the psychological causes of political madness. Ele recebeu sua educação de médico e psiquiatra na Universidade de Chicago e serviu por dois anos como psiquiatra no Exército americano. Presentemente, atua como profissional liberal na área de Chicago.

  1. *Nota do tradutor: o termo liberalismo, dentro da estrutura político-cultural americana, significa esquerdista. Não é possível entender o texto sem ter isso em conta. No Brasil, o termo liberal se aplica a indivíduos com visões muito díspares, abarcando tanto defensores do casamento gay e do aborto quanto defensores da moral judaico-cristã, unindo-os apenas a defesa da liberdade de mercado. Os segundos são essencialmente conservadores, no sentido americano do termo. Se quiser se aprofundar no tema, sugiro a leitura do artigo A liberdade como parteira da tirania, de Olavo de Carvalho.
  2. grifos do tradutor.


texto disponível no link http://www.townhall.com/columnists/LyleHRossiterJrMD/2006/12/04/the_liberal_mind_the_psychological_causes_of_political_madness

tradução Daniel Henriques Lourenço

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Pretendo traduzir outros textos sobre a inveja e sentimentos que caracterizam a mente liberal. Portanto, fique de olho nas atualizações de A selva dos mosquitos.

Reproduzo post do blog O individuo

March 4th, 2006
Documentário expõe a verdade sobre Ernesto “Che” Guevara

Publicado originalmente no site do Instituto Millenium.

“Fusilamientos, sí. Hemos fusilado. Fusilamos y seguiremos fusilando mientras sea necesario.”

Assim, com a voz de Che Guevara, inicia o documentário Che: Anatomia de un Mito, que pode ser descarregado diretamente em formato WMV (Windows Media Player; o arquivo tem 71 MB). O vídeo para o computador está muito pequeno, mas vale a pena ver ex-correligionários de Che Guevara contando a verdade sobre ele: fazia comentários racistas, anti-gay, não tomava banho, nunca hesitava em matar pessoas sob quem pesasse a mínima suspeita, e possuía uma incompetência singular no comando das guerrilhas. Não sou eu que estou dizendo. São as pessoas que conviveram com ele.

Há também dados históricos indisputados que você pode buscar em outras fontes. Há o livro mais recente de Alvaro Vargas Llosa, The Che Guevara Myth and the Future of Liberty. Quem quiser informações agora pode ler sua matéria sobre Guevara feita para a New Republic ou simplesmente ler o curto artigo Ten Shots at Che, em que desfaz dez dos principais mitos a respeito do maior vendedor de camisetas de todos os tempos: tornou Cuba subserviente à URSS, destruiu a economia cubana – os racionamentos que duram até hoje começaram quando Guevara era ministro da fazenda – , executou no mínimo centenas de inocentes, tomou para si uma enorme mansão assim que o regime de Fulgencio Batista caiu, recomendava o roubo a bancos e, declarou que Cuba seria proporcionalmente mais rica dos que os EUA. Deve ser por isso que as pessoas preferem enfrentar um mar infestado de tubarões em jangadas a ficar ali.

Se todos os dias eu visse alguém com uma camiseta de Hitler, eu ficaria muito preocupado. É por isso que fico preocupado ao ver pessoas com camisetas de Guevara: estão cultuando um assassino, que só difere de Hitler pela extensão de seus crimes, não pela natureza. Mas nossa sociedade permite que assassinos que estão do lado de Stálin, sendo nominalmente comunistas, sejam objeto de culto e veneração. Se isso não é sinal de uma gravíssima patologia social, não sei o que pode ser. As civilizações de fato morrem por suicídio, não por assassinato.

Posted by Pedro Sette Câmara in Política, Cultura
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Disponível em http://web.archive.org/web/20060408061457/http://www.oindividuo.com

sexta-feira, junho 29, 2007

Ap, 19:9-10

Então, me falou o anjo: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E acrescentou: São estas as verdadeiras palavras de Deus. Prostrei-me ante os seus pés para adorá-lo. Ele, porém, me disse: Vê, não faças isso; sou conservo teu e dos teus irmãos que mantêm o testemunho de Jesus; adora a Deus. Pois o testemunho de Jesus é o espírito da profecia.

Morre o poeta Bruno Tolentino.

Morreu anteontem, dia 27/06/07, o poeta brasileiro Bruno Tolentino. Olavo de Carvalho disse que Bruno Tolentino é o maior poeta de língua portuguesa desde Camões. No site O Individuo, você pode assistir a uma entrevista sua, em vídeo, concedida após a publicação de seu último livro, ano passado. Que Deus ilumine o Bruno nessa nova fase de sua vida.

quinta-feira, junho 28, 2007

Lula e Judas Iscariotes

Lula é pior do que Judas Iscariotes por três razões.

Primeiro: Judas Iscariotes andava com o Cristo e estava pronto para traí-lo, porém pelo menos seguia as aparências da seita pré-religiosa, tendo participado da Santa Ceia, onde aliás Jesus indicou que o trairia. Lula anda com pretensos seguidores do Cristo, porém não vai à Igreja e, certa feita, antes de comungar, disse que não necessitava confessar seus pecados porque não os tinha, cometendo no ato mesmo o pecado da mentira.

Segundo: Judas arrependeu-se profundamente do que havia feito e correu atrás dos sacerdotes judaicos a fim de devolver o dinheiro que lhe haviam dado para entregar o Cristo. Lula sequer pensa no que faz. Quando começa a pensar, fica irritado e reclama com algum de seus subalternos petistas, que então amaciam seu ego, ou, melhor ainda, toma de sua mesa uma garrafa de uísque ou cachaça embriagando seus pensamentos agros. Se pensasse, veria o quão miserável é a sua pessoa, capaz de se aliar com traficantes de drogas; não se aguentaria quieto e começaria a falar, mas então..

Terceiro: então possivelmente seria morto pelas Farc, da mesma forma que líderes socialistas colombianos foram quando retiraram seu apoio à organização. Judas Iscariotes, num ato de despero final, e talvez com um pingo de decência, enforcou-se. Lula jamais entregaria sua vida. Antes disso, continuará utilizando metáforas futebolísticas na hora de mandar brasileiros para o paredão de fuzilamento. Talvez até dará um aperto de mão no prisioneiro fazendo um gracejo.

Jesus Cristo disse: "É necessário que o Filho do homem seja entregue, mas ai daquele que o entregar, melhor seria que não houvesse nascido." O que Jesus diria de Lula?

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Atualização de 07/08/2009. Estou mais propenso a crer, como meu amigo comentou na seção de comentários -- vejam lá --, que Judas não se "arrependeu profundamente." De mais a mais, tampouco a comparação com Lula é apropriada. Não dá para saber o que Lula faria se fosse apóstolo de Jesus, se é mesmo que aceitaria ser seu apóstolo.

quarta-feira, junho 27, 2007

Por favor, não deixem de ver..

o vídeo de Viktor Frankl falando sobre logoterapia e o livro "Man´s search for meaning". Simplesmente imperdível.

créditos para o blog wisdomandvirtue.blogspot.com.

Jesus, insight espiritual e amor

"Na religião, Jesus advogava e seguia o método da experiência, ainda que a ciência moderna busque a técnica do experimento. Encontramos Deus seguindo as pegadas do insight espiritual, e nos aproximamos deste insight da alma através do amor ao belo, da busca da verdade, lealdade ao dever, e adoração à bondade divina. Mas de todos esses valores, o amor é o verdadeiro guia para o autêntico insight."

Livro de Urântia, capítulo 195, página 2076.
Tradução minha.

Palestra sobre marxismo cultural

Não deixem de ouvir a palestra do padre Paulo Ricardo sobre marxismo cultural. O link é http://www.padrepauloricardo.org/filosofia/. Só não posso concordar com uma coisa que o padre diz: o Papa Bento XVI "quase pede desculpas por estar ali, porque ele é muito humilde."
Isto não é humildade, é timidez frente a intimidações mil. Não se deve pedir desculpas por ser fiel aos ensinamentos do Cristo.

domingo, junho 24, 2007

A Noite maior que Zeus

"Despertando, furioso se mostra Zeus grande;
os outros deuses maltrata, buscando-me em todos os cantos;
e destruir-me-ia, talvez, atirando-me do éter às ondas,
não fôsse a Noite salvar-me, que os deuses e os homens impera.
A ela me acolho, refreando Zeus crônida a cólera imensa,
pelo receio de à rapida Noite causar desagrado."

trecho da Ilíada de Homero, em que o Sono argumenta por que não deseja ajudar Hera a envolver Zeus troante em sono profundo.

traduçaõ de Carlos Alberto Nunes, edições Melhoramentos.

sábado, junho 23, 2007

Aula de história de Mário Ferreira dos Santos.

Quem quer que goste de história, não pode perder a aula número 2 de Mário Ferreira dos Santos, em áudio, no site de Denny Marquesani, no seguinte link.

quinta-feira, junho 21, 2007

Sorry seems to be the hardest word ( Desculpa parece ser a palavra mais difícil do mundo )

music by Elton John
lyrics by Elton John and Bernie Taupin

What have I got to do to make you love me
What have I got to do to make you care,
What do I do when lightning strikes me
And I wake to find that you're not there?

What have I got to do to make you want me,
What have I got to do to be heard,
What do I say when it's all over?
And sorry seems to be the hardest word.

It's sad (so sad)
It's a sad, sad situation
And it's getting more and more absurd.
It's sad (so sad)
Why can't we talk it over?
Oh it seems to me
That sorry seems to be the hardest word.

What have I got to do to make you love me
What have I got to do to be heard,
What do I do when lightning strikes me

What have I got to do?
What have I got to do
When sorry seems to be the hardest word?

tradução (minha):

O que preciso fazer para que você me ame
O que preciso fazer para que você se importe,
O que eu faço quando o dia clareia
E acordo para descobrir que você não está lá?

O que preciso fazer para que você me queira,
O que preciso fazer para que você me ouça,
O que posso dizer quando tudo acabou?
E desculpa parece ser a palavra mais difícil do mundo.

É triste ( muito triste )
é uma triste, triste situação
que está ficando cada vez mais absurda.
É triste ( muito triste )
Por que não podemos conversar?
Ah parece-me
que a desculpa parece ser a palavra mais difícil do mundo.

O que preciso fazer para que você me ame
O que preciso fazer para que você se importe,
O que eu faço quando o dia clareia

O que eu tenho que fazer?
O que eu tenho que fazer
quando a desculpa parece ser a palavra mais difícil do mundo?

quarta-feira, junho 20, 2007

O filho único

J. A. Vallejo Nájera

Ainda que ser filho único não constitua uma "enfermidade", todo mundo reconhece que este tipo de criança tem propensão a problemas particulares: é frágil, caprichoso, tímido, tirânico com os seus, tem dificuldades de adaptação com seus companheiros e para integrar-se num grupo e reage freqüentemente com desconcerto ou rebeldia. No conceito de filho único não entra apenas aquele que realmente o é, mas também o menino que só tem irmãs, ou vice-versa, e o 'temporão' da família, a criança que tem irmãos com uma diferença de idade muito grande.

Ser "filho único" depende, às vezes, da casualidade ou da natureza; mas outras vezes são os pais quem por razões econômicas (para dar a seu filho todas as possibilidades) ou afetivas (para concentrar o foco de seu carinho nele) decidem ter um só filho. Geralmente, estes pais tem uma característica muito particular, pois se comprovado que 53 por cento das mães de filhos únicos são extremamente possessivas e absorventes.

Esta criança, ao conviver basicamente com adultos, que se convertem em seu único ponto de referência, utiliza um vocabulário demasiado rico, se apropria de idéias que não se encaixam em sua idade, e seus costumes, diversões e vida em geral tendem a parecer com a dos adultos. De caráter bastante possessivo, costuma ter um nível intelectual superior ao normal para sua idade. Tudo isto o diferencia do grupo, provocando o repúdio de outros em torno dele, não se encaixa e não sabe superar este problema inesperado: que os outros não o aceitem.

Tem grandes dificuldades em suas relações afetivas com os demais. Ao não ter irmãos, elemento essencial no desenvolvimento da criança como ser social, o filho único tende ao isolamento e a criar uniões excessivas com seu pai ou com sua mãe, fora das quais muitas vezes em que se sente inseguro.

Ao longo da infância pode haver mais ou menos complicações, mas os verdadeiros conflitos surgem na adolescência. Alguns filhos únicos continuam relacionando-se com seus pais num plano infantil, dependente e submisso, outros, ao contrário, se rebelam contra a tutela familiar excessiva e reivindicam a liberdade e a independência que lhes corresponde pela idade, chegando as vezes a produzir rupturas violentas e separações totais com os pais.

As perspectivas são certamente desalentadoras. Algumas estatísticas dão até 42 por cento de alterações de caráter no filho único. O que é seguro é que parecem ser mais instáveis, mais emotivos, mais coléricos e mais agressivos que os outros, com mais dificuldades para adaptar-se à disciplina escolar e à convivência com o grupo.

Em qualquer caso, o pai ou a mãe de um filho único não precisa ficar desanimado com estas informações. Tudo vai depender da educação que será dada ao filho, que não tem que ser mais rígida nem mais condescendente que a que teria se tivesse outros irmãos.

GUIA PRÁTICO DE PSICOLOGIA, temas de hoje, d. J.A. Vallejo Nájera, Madrid

Fonte: EDUFAM - Educacion y Familia - www.edufam.com

Traduzido para o Portal por René Bernardes de Souza Júnior

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Disponível no site http://www.portaldafamilia.org

Saiba mais sobre educação liberal

Se quiser saber mais sobre educação liberal veja aqui o vídeo produzido pelo St. John´s college, dos Estados Unidos. A lista de leitura do College - em inglês - pode ser vista aqui. Quem quer que se habilite ao desafio de ler os grandes livros e quiser formar uma "community of learning", fale com este que vos escreve porque ele também está muito interessado em encontrar outras pessoas dispostas a discutir e trocar experiências a partir da leitura dos grandes livros.
Obrigado.

segunda-feira, junho 18, 2007

O que é educação liberal?

Recomendo vivamente o texto O que é educação liberal?, disponível no blog http://educacaoliberal.wordpress.com/.

Shrek contra o partido revolucionário

O filme Shrek 3 mostra bem o ethos de um partido revolucionário. O personagem Encantado convence pessoas desgostosas com a vida, pessoas com um passado de maldade, a se sentirem injustiçadas, dizendo-lhes que os contadores de histórias não foram bons o bastante para com elas. Pronto, depois são os gritos de urra e vamos mudar tudo o que está aí, vamos mudar a história. O Encantado aliás, sendo um artista fracassado, é capaz de lembrar outro artista fracassado que dominou a Alemanha, prometendo um império de mil anos que acabaria com a injustiça do mundo, mas que causou muita maldade. O filme Shrek é muito bom. A tentativa final do Encantado de estabelecer na imaginação popular o seu reino ditadorial malogra porque não consegue vencer o ogro Shrek, que aliás combate toda aquela pompa e circunstância do ditadorzinho metido com piadas bem medidas. Rir é importante. No fim, dificuldades à toda prova, Shrek e Fiona no seu pântano cuidando dos bebezinhos ogros. E o burro e o gato, bom, esse retornam a ser quem eram depois da magia.

sábado, junho 16, 2007

Venezuela libre


Eu apóio o movimento estudantil na Venezuela contra o fechamento da rede de televisão RCTV. Quem quiser uma cobertura dos eventos pode acessar o blog Nota Latina, escrito pela valentíssima Graça Salgueiro.

sexta-feira, junho 08, 2007

Os números e o milagre

Olavo de Carvalho
Jornal do Brasil, 8 de junho de 2006

Desde ontem, ecoam por toda parte os belos discursos contra a invasão da Câmara Federal. Com uma ou outra exceção irrelevante, sua tônica é uniforme: dão a impressão de que essa truculência, como todas as anteriores, foi um susto passageiro, um abuso fortuito incapaz de abalar no mais mínimo que seja a tranqüilizante rotina democrática em que vivemos. Está tudo sob controle: temos um presidente amante da ordem, nossas instituições são estáveis e as Forças Armadas, é claro, estão vigilantes.

Não vou discutir com quem diz que acredita nisso. Peço apenas ao leitor que atente para o aspecto aritmético da questão. Some a militância do PT, do MST e MLST, da CUT, do PCC e das demais facções da esquerda revolucionária (assim denomino as que estão afinadas com a estratégia continental do Foro de São Paulo). São uns quarenta milhões de pessoas. Não incluo aí simpatizantes, burros de presépio e meros eleitores. Conto apenas os militantes, gente doutrinada, adestrada, disciplinada, disposta a tudo. São a quarta parte da população brasileira. Nem me pergunto quantos deles estão armados, prontos para matar. Mesmo que tivessem apenas estilingues, restaria este dado brutal: nunca houve, na história do mundo, uma organização revolucionária dessas dimensões. Muito menos pergunto quanto custou: não consigo somar os lucros do narcotráfico e dos seqüestros, a hemorragia crônica de verbas federais, os dízimos da militância e as contribuições de fundações estrangeiras bilionárias. O total é impensável. Você acha realmente que alguém constrói uma monstruosidade dessas para não fazer nada com ela além de cumprir as leis e ser bom menino? O futuro do Brasil está decidido, de maneira praticamente irreversível, por um fato aritmético de envergadura majestosa e potência avassaladora.

Esses números, aliás, não são uma quantidade informe, distribuída a esmo no espaço. Há entre eles toda uma rede de conexões. Eles formam uma equação bem definida, um mapa, um organograma completo. Sempre que uma das entidades que mencionei acima entra em ação, é em parceria com as outras. O PCC espalha o terror por meio de técnicas que aprendeu com o MST, que as absorveu das Farc, cujos líderes são íntimos da cúpula petista e do sr. presidente da República. O Comando Vermelho, para produzir efeito idêntico no Rio, usou o que aprendeu direto da elite esquerdista que hoje governa o país. Quando um agente das Farc é preso logo depois de declarar que deu dinheiro do narcotráfico ao PT, mais que depressa essa elite se mobiliza para mandá-lo ao exterior. Idêntica iniciativa surge da mesma fonte para libertar os mestres-seqüestradores do MIR chileno que pegaram Abílio Diniz e Washington Olivetto. E, quando o MLST entra na Câmara depredando tudo e esmagando crânios, quem está no seu comando é um membro da Comissão Executiva Nacional do PT. Não há ações isoladas. Distribuídos sob denominações diversas, quarenta milhões de fanáticos estão perfeitamente articulados, solidários, na afinação diabolicamente eficiente de uma orquestra da destruição.

Na época das CPIs, bastava aparecer uma ligação telefônica entre um empreiteiro e algum deputadinho corrupto para o PT sair gritando: "É uma conspiração! É um Estado dentro do Estado!" Diante de indícios imensuravelmente maiores e mais probantes, a nação ainda se recusa a conceber, mesmo de longe, uma hipótese semelhante para explicar o que acontece hoje, embora não haja nenhuma outra explicação plausível, exceto a aposta louca no prodígio das meras coincidências repetidas em série. É que hoje não há um Estado dentro do Estado. Há um Estado acima do Estado, impondo o caos e chamando-o de "ordem". Nessas circunstâncias, parece sensato abolir a aritmética, a álgebra, a razão inteira, e apegar-se à esperança de um milagre. Mas o único santo milagreiro à disposição é São Lulinha, e o único milagre que ele sabe fazer é precisamente o que já está fazendo.

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Sobre o tema, ver também o primeiro post que fiz neste blog.

quinta-feira, junho 07, 2007

Vida mía

Tango
1933
Música: Osvaldo Fresedo
Letra: Emilio Fresedo

Siempre igual es el camino
que ilumina y dora el sol...
Si parece que el destino
más lo alarga
para mi dolor.

Y este verde suelo,
donde crece el cardo,
lejos toca el cielo
cerca de mi amor...
Y de cuando en cuando un nido
para que lo envidie yo.

Vida mía, lejos más te quiero.
Vida mía, piensa en mi regreso,
Sé que el orono tendrá tus besos
Y es por eso que te quiero más.
Vida mía,
hasta apuro el aliento
acercando el momentode acariciar felicidad.
Sos mi vida
y quisiera llevartea mi lado prendida
y así ahogar mi soledad.

Ya parece que la huella
va perdiendo su color
y saliendo las estrellas
dan al cielotodo su esplendor.
Y de poco a poco
luces que titilan
dan severo tono
mientras huye el sol.
De esas luces que yo veo
ella una la encendió.

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A música pode ser ouvida no excelente site www.todotango.com, neste link.

quarta-feira, junho 06, 2007

Recomendo

a série de artigos de Ipojuca Pontes sobre temas de que tratou em seminário promovido pelo Farol da democracia representativa no sindicato de bancos do Rio de Janeiro mês atrás. Os títulos, com os respectivos links, são: Hegemonia cultural, Escola de Frankfurt, Devastação gramcista. Sobretudo o último tem muito a explicar sobre o domínio do esquerdismo na vida cultural brasileira pelo menos desde os anos 70.

sábado, junho 02, 2007

Como pensam as mulheres

Uma neuropsiquiatra aponta as razões biológicas que tornam o cérebro feminino diferente do masculino

Marcela Buscato

A neuropsiquiatra americana Louann Brizendine percebeu na faculdade que precisava investigar a tão famosa curiosidade masculina - o que se passa na cabeça das mulheres? Reparou que poucos estudos consideravam as grandes variações hormonais sofridas pelas mulheres ao longo do mês. Seu livro, The Female Brain (Como as Mulheres Pensam, da Campus/Elsevier), lançado nos Estados Unidos em agosto, tornou-se um best-seller e foi traduzido em 18 idiomas. Em entrevista a ÉPOCA de sua casa, em São Francisco, Brizendine afirmou que agora vai se dedicar a entender o cérebro dos homens.

QUEM É
Professora da Universidade da Califórnia. Formada em Neurobiologia pela Universidade Yale e em Psiquiatria pela Harvard Medical School
O QUE FEZ
Tem uma clínica para atender mulheres com base nas pesquisas sobre neuroquímica
O QUE PUBLICOU
Como as Mulheres Pensam (Campus/Elsevier)

ÉPOCA - O cérebro já é feminino ou masculino desde o nascimento?
Louann Brizendine - O padrão cerebral de todo feto é feminino até a oitava semana de gestação. Depois disso, se o feto for masculino, seu cérebro sofrerá uma intensa inundação de testosterona, hormônio que começa a agir nos pequenos testículos do bebê e viaja até o cérebro pela corrente sanguínea. Esse banho de testosterona muda os circuitos do cérebro de femininos para masculinos.

ÉPOCA - Quais as diferenças entre os dois tipos de cérebro?
Brizendine - No cérebro masculino, a estrutura dedicada ao impulso sexual é duas vezes e meia maior que no feminimo. Nas mulheres, os circuitos ligados à audição e à linguagem têm 11% mais neurônios que nos homens e a estrutura relacionada à emoção e à formação da memória também é maior.

ÉPOCA - Se já nascemos com cérebros masculinos ou femininos, qual é a influência da sociedade sobre o papel da mulher e do homem na comunidade?
Brizendine - Os circuitos cerebrais vão sendo reforçados pela sociedade. Ela ensina o que é aceitável para homens e mulheres, e isso influencia no que achamos que somos capazes de fazer. Estereótipos são muito ruins. É preciso honrar as diferenças individuais e permitir que cada um faça o que lhe interessa.

ÉPOCA - É verdade que os homens pensam com um hemisfério do cérebro de cada vez ao desempenhar uma atividade e as mulheres usam os dois?
Brizendine - Sim. Talvez seja por isso que as mulheres podem fazer mais de uma atividade ao mesmo tempo, enquanto os homens têm grande dificuldade. Eles ficam extremamente concentrados em cada ação executada. Por outro lado, essa característica pode ser ruim num relacionamento, porque faz com que eles não prestem atenção a necessidades e vontades das outras pessoas.

ÉPOCA - É possível dizer quem é mais inteligente, homens ou mulheres?
Brizendine - Todos os estudos mostram que na média homens e mulheres têm quocientes de inteligência similares. Porém, o padrão de pensamento talvez seja diferente. O homem tem mais facilidade para pensar visualmente. As mulheres conseguem traduzir sentimentos em palavras com maior rapidez.

ÉPOCA - Esses padrões de pensamento influenciam na escolha da profissão?
Brizendine - Homens e mulheres são capazes de desempenhar as mesmas profissões. Mas, pelas características do cérebro, os homens podem ter mais interesse em carreiras que não exijam tanta interação com outras pessoas e as mulheres nas que têm mais socialização.

ÉPOCA - A senhora afirma que as mulheres usam cerca de 20 mil palavras por dia. E os homens só 7 mil. Qual é a razão?
Brizendine - O banho de testosterona durante a fase fetal diminui o tamanho de algumas estruturas no cérebro dos homens, como os centros de comunicação e emoção. Também entre 9 e 15 anos, o nível de testosterona nos meninos aumenta cerca de 25 vezes, uma quantia enorme. A testosterona age como um fertilizante para fazer algumas células crescer, mas também tem a capacidade de fazer regiões do cérebro encolher ou morrer.

ÉPOCA - Por que as mulheres implicam com os homens quando eles não reparam no novo corte de cabelo?
Brizendine - As mulheres são muito interessadas em sua aparência física. Se o homem não repara, elas acham que não são amadas. Querem a aprovação masculina. É um instinto básico feminino.

ÉPOCA - As mulheres percebem facilmente se estão agradando ou não?
Brizendine - Elas têm enorme capacidade de notar expressões faciais. As células nervosas que fazem com que sejam capazes de olhar para o rosto de outra pessoa e saber o que ela está pensando ou sentindo existem em maiores quantidades no cérebro feminino e são muito mais ativas que nos homens.

ÉPOCA - É por isso que as mulheres choram tanto? Para chamar a atenção?
Brizendine - É verdade. As mulheres choram quatro vezes mais facilmente que os homens. É uma maneira de demonstrar tristeza para eles.

ÉPOCA - Os hormônios desempenham um papel crucial no início do desenvolvimento do cérebro masculino. E na mulher?
Brizendine - O cérebro feminino é profundamente afetado pelos hormônios. Há indícios de que as mulheres têm duas vezes mais probabilidade de sofrer de depressão que os homens por causa das constantes alterações hormonais. Ao longo da vida, a mulher passa por várias fases hormonais, o que influencia em seus pensamentos, emoções e interesses.

ÉPOCA - A gravidez altera o cérebro?
Brizendine - Durante a gravidez, há grande aumento nos níveis de progesterona e estrogênio no cérebro da mulher. Isso faz com que ela fique muito mais concentrada no bem-estar da criança. São tantas alterações que o cérebro feminino chega a encolher 8% durante a gravidez por causa do aumento e da diminuição de algumas de suas estruturas. Porém, seis meses depois de dar à luz, seu tamanho volta ao normal.

ÉPOCA - É verdade que a mulher fica mais inteligente depois que tem filhos?
Brizendine - Alguns estudos sugerem que sim. Os pesquisadores acreditam que, como o cérebro fica muito focado em tudo o que se relacione ao bebê, acaba concentrado também em outros assuntos.

ÉPOCA - Todo esse conhecimento sobre o cérebro feminino pode contribuir para a melhora dos relacionamentos?
Brizendine - O fato de perceberem que pensam de maneiras diferentes pode ajudar a diminuir conflitos.

Disponível em http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG76276-6014,00.html

sexta-feira, junho 01, 2007

Shaftesbury e os blogs

Publicado no site digestivocultural.com

Gostaria de chamar atenção para uma matéria na revista "Mente-Cérebro & Filosofia", número 2, da Editora Duetto. Nesse número há um artigo sobre o filósofo britânico Shaftesbury, mais precisamente sobre seu livro "Soliloquy or advice to an author". Acredito que aspirantes a escritor, assim como autores "consumados", tirarão valiosas lições da filosofia de Shaftesbury. Uma das questões a se pensar é a seguinte: ser escritor não é somente saber escrever bem; outrossim, é dar expressão a assuntos que realmente importam. Para tanto, o escritor deve, antes de mais nada, conhecer a si mesmo, saber suas motivações, enfim, autocriticar-se sem autocondescendência. Digo isso porque, para mim, o que há de mais enfadonho na maioria dos blogs é o caráter narcisista dos escritos. Shaftesbury analisa como esse tipo de escritos são levianos e vaidosos. Enfim, se você quer ser um escritor de verdade, precisa se preparar para isso. "Soliloquy or advice for an author" é um ótimo começo.

por Renato Kinouchi
1/6/2007 às 19h14

texto My cane, de Sobran, como oportunidade de discorrer sobre a fé.

Indico o texto My cane, escrito pelo colunista americano Joe Sobran, cujo site é http://www.sobran.com/. Sobran é um anarquista cristão. Isso significa que, sem ser um revolucionário, ele acredita que o Estado não tem qualquer papel a cumprir dentro de uma sociedade. Esquisito, né? Nem tanto, leiam seu artigo Reluctant anarchist, onde explica sua história de vida - pois nenhuma ideologia que adotamos deve estar desligada de nossas experiências de vida - e suas razões.
No blog de Norma Braga há um post excelente discutindo como acontece a conversão de uma pessoa. Alguns acreditam que a conversão ao cristianismo é algo repentino e válido para sempre. Estas pessoas ou são inimigos da religião ou são influenciadas pelo que estes dizem. Não existe conversão fulminante ( ver o sexto post deste blog ). O máximo que pode acontecer é uma revelação divina como a que teve Paulo, o apóstolo. Paulo teve uma visão de Cristo perguntando-lhe por que o perseguia. A partir deste momento, de perseguidor tornou-se o fundador da religião cristã ocidental. Este homem aparece seguidamente comentando a pesadíssima missão que lhe foi confiada, num mixto de orgulho e resignação. Dele são as seguites palavras, verdadeiro monumento da antropologia filosófica: "Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não porém o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. Mas, se faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, porém o pecado que habita em mim." ( Rm, 7-18:20 ).
Fé cega só existe na cabeça de detratores da religião, como se possível fosse uma pessoa, porque acredita em Cristo, deixar de crer que a Terra gira em torno do sol, por exemplo. Outro tema mais importante é entender que a fé em Cristo não é algo repentino, porém se constrói com altos e baixos. Há momentos que sabemos que Ele nos ajudou, outros momentos nos sentimos totalmente ao Deus-dará. A fé está em ser fiel àqueles momentos, ser digno deles, e ter paciência enquanto enfrentamos os maus momentos. Uma hora chega a estabilidade.
"Eu não vos prometo livrar-vos das águas da adversidade, mas eu vos prometo estar convosco durante todas elas." ( retirado da comunidade Livro de Urântia do orkut ).